domingo, 20 de dezembro de 2009

escuridãO




Amo-te com medo
Penso em ti e redobro-me
Sei que estás por perto
Mesmo estando tão longe
Pergunto ao coração
Que não responde amargurado
Doído, banha-se na dor que desola
Tenta sorrir mas é em vão
Forças contrárias não podem forçá-lo
Sinto-me fora de mim
Como se estivesse em outro corpo
Meus sentidos não funcionam
Reflexo descontraído, descontrolado
Sou desconhecido em mim mesmo
A vida é corrida contra o tempo
Não sei o que me tornei
O por quê de estar assim
Mas sinto sua falta
Sem você eu não mando em mim
Ando desnorteado de um lado para outro
Meu rumo desapareceu
Não sei para onde vou
Ando para não pensar
Retorço em mim tua sede
Instinto pede pra parar – continuo
Sei que estou perdido
Peço força para amigos estranhos
Arrasto-me para um abismo sem fim
Parece-me que mergulhei num poço
De águas insípidas e sem sabor
Pois o sabor está em você
Não vejo graça em viver
E sujo e molhado me olho
Sinto minhas lagrimas caírem
O céu desabou do precipício que me via
A me afogar em meu próprio pranto
Meus pés secos tocam o chão
Sinto-me leve a flutuar
Difícil respirar a poluição
Que transformei em ilusão
Pois as luzes se apagaram
E tudo o que eu vejo é escuro
Escuridão no viver
Escuridão no sentir
Escuridão no andar
Escuridão em você...

Um comentário:

O que isso acrescentou em sua vida?