segunda-feira, 3 de novembro de 2014

LIvRe

Minha aspiração é o céu
Meu desejo intenso de alcança-lo
Leva-me a desligar--me do que é terreno
Almejando por aquilo que é escasso

Relembro-me dos momentos que experimentei
Alegria sem igual que transborda
Contagia minha alma - como uma explosão
Que desejo viver sempre - e agora

Mesmo que tudo diga o contrário 
Quero nesse propósito permanecer
E fazer o necessário - mesmo que doa

Viver o céu na terra em desagravo
Pagar o preço para continuar a ser
Livre no céu como um pássaro que voa

cOMpLAcÊnCiA

Não compreendo o que move o teu coração
Talvez por não ter sentido profundamente
A realidade que o mistério esconde - sagrado
De uma ternura sem fim que não se pode medir
Ultrapassa o que posso entender
Minha razão limitada não alcança
A verdade que ainda não foi revelada
Meus sentidos desnorteados contemplam
Em pequenas partes o que consigo alcançar
Fagulha pequena do incêndio de amor
Estrito pedaço de sentimento diminuído
Razão que além de tudo atrapalha - meu pecado
Imperfeição que me atormenta e me faz ficar acordado
Em vigília, pronto ao combate - soldado
Consciente da batalha que me espera a cada dia
Percebendo tudo novo como sol do meio dia
Aptidão e carismas me trouxeram para ti
Onde rendido aos teus pés pude descobrir
Que minha humanidade - nunca em plenitude
Vai poder degustar a amplitude - dessa misericórdia
Que compreende meus erros e acertos
E me faz ver como sou contemplado
Contrário ao espelho embaçado que vejo
Espírito que mostra o retrato
No tempo oportuno que a graça propícia 
Foi cedo e atrasado pensava sorrindo
A noite que preparou um novo dia
A vida que demorei pra compreender - complacência
Na minha humanidade o que divino me apresenta