domingo, 1 de maio de 2011

o preçooO


Tenho raiva do que me torno de tempos em tempos
Parece que mudo de vez em quando
Não consigo muitas vezes manter meus valores
Em vista de que por não suportar sozinho
Jogo tudo pro alto e parece que me dispo
De como vestes estranhas - nesses momentos
Penso que seria melhor se não me sentisse assim
Ou fosse visto por alguém
Seria bom ser invisível e não ser reconhecido
O preço que deve ser pago movido pela certeza
É a solidão - sentido sobrehumano interposto
Em confusões das emoções - no corpo e na alma
Os impulsos dos desejos intrínsecos à natureza
Corroem as tendas instaladas em lugares confortáveis
O simples fato de imaginar-se em outro mundo -
Desilusão imaginária passageira
É o convexo do oposto anteriormente estimulado
É como morrer na praia depois de se esforçar
É como deixar-se levar pela força das ondas
É como desistir da batalha antes do fim da guerra
É como assumir o fracasso antes do pôr-do-sol
É como acreditar que a tempestade é a derrota
Que as dificuldades são maiores que as pessoas
Que o desânimo triunfa sobre a alegria
Que o ódio dá as rédeas ao amor
Que o dinheiro é a felicidade
Que no mundo só existe maldade
Que ser bom é ser bobo
Que acreditar que tudo pode mudar é retrógrado
Que as pedras que rolam nos impedem de avançar
Que nada mais tem jeito e é sempre assim
Pensamento ocluso de sentido remoto
Obscurece as superfícies iluminadas
Estarrece o movimento do amor verdadeiro
Torna grandes almas em pequenos seres
Entorpece a forma de olhar as situações
Esconde de dentro toda podridão
E faz os absurdos serem normais
Os escândalos reais em cenas engraçadas
Os lixos ensacados parecerem presentes
E o histerismo opaco parecer brilho de alegria
A euforia momentânea ser uma vida
Mas quando a verdade aparece tudo é esclarecido
Os clarões emitidos nos sentidos excluídos
Maquinárias não-humanas no que são
Corações gelados na temperatura normal
Incidentes de desentendimento em desembaraço
Então com o desenrolar desses pedaços
Temos noção do que somos - ou nos tornamos
Caem-nos escamas imperceptíveis antes
Mas que agora nos impulsionam em novos destinos
Características de um novo mundo
Corações erguidos para um novo tudo
O sentido que atrai e contagia os fracos - e enfraquecidos
A realidade do fim que nos desatola do egoísmo
Que afasta da vida todo pessimismo
Que faz-nos entender os motivos de nele permanecer
Que nos convence de como precisamos nos fixar
Para não fazê-lo um simples conto de fadas
Como uma estória inventada - como uma fábula

Um comentário:

  1. Quem tem fé sofre nesse mundo debilitado pelo pecado. Quem tem valores é considerado tolo. Quem luta pelos seus ideais é excluído e fanático. Quem sonha é condenado...
    Os donos dessa sociedade hipócrita, mesquinha e dominada pelos principados e potestades malignos deve perecer se não se arrepender...
    Se arrependam enquanto vivemos o tempo da misericórdia. Depois da morte não tem como se arrepender!
    "Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer a perseguição." (2Tm 3,12)

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