O nascimento do Salvador da humanidade é uma data
Especial para os poucos que o celebram - e
Irrelevante para quase todo o resto
O sentido verdadeiro e profundo dessa celebração
Na maioria das vezes passa despercebido aos olhos
Da sociedade laica que escolheu viver sem posição
Dos governos ateus que hoje comandam
Do mundo que tirou Deus do centro
Das pessoas que abandonaram a fé - e hoje vivem sem razão
O progresso social e humano que pensam ter alcançado
Colocando em risco e afogando no mar do esquecimento
Sua própria salvação - fonte eterna de alegria
Dá pressupostos que convencem os cegos que não querem ver
Os surdos que não querem ouvir
E os mudos que não querem falar
Sobre a realidade vital que cruza os séculos da existência
Que ultrapassa os limites aceitáveis de uma história real
Que mesmo tão negada e banalizada por tantos
Continua viva no coração dos poucos que a sustentam
Com a força sobrenatural da verdade da fé
Com a audácia da esperança que não engana
Com a ousadia de uma caridade ardente
Que nem mesmo a frieza de todo o Universo
Pôde e nem poderá arrefecê-la
Nem mesmo os corações mais empedernidos
Podem atenuar sua força e vigor
É a realidade que choca e causa pavor
Um Deus se encarnou - mesmo sendo Senhor
E habitou entre nós - seu trono deixou
Em meio aos homens revelou seu amor
Pelo ventre de Maria - nesse mundo entrou
Viveu e morreu - seu legado deixou
Desde seu nascimento - sua vida doou
Até sua morte na cruz - onde de lá triunfou
E resgatou essa humanidade ingrata - nos salvou
Que hoje tem a coragem de esquecer de seu Salvador
E deixar passar em branco o seu nascimento
Sua vida, paixão, morte e ressurreição
E que prefere viver como se Ele não fosse voltar
Ahhhh - mas Ele virá - com glória e poder
Para restaurar os corações que se esqueceram
Que a essência da festa de fim de ano - do natal
É a celebração da vida do Menino-Deus
E esse é - só esse é - o pleno sentido real
