O que não corresponde aos padrões estipulados
O que não agrada a maioria (ignorante) absoluta
O que traz em desatino o olhar averso à realidade
É a insanidade social – presente na sociedade
Torna desagradável – por uma conduta consistente
Os rumos esperados de passos certeiros firmados
Mas para que preocupar-se se o que acontece ao redor
É coisa de louco – que fugiu do hospício
Que quer imaginar o mundo como um paraíso
As cortinas falsas dos meus olhos caíram
As ilusões desconcertadas do meu coração cessaram
E o que resta após a explosão dos sentidos
Em meio aos destroços de ossos ressequidos?
Por que sempre voltar às loucuras do passado?
O presente é um triste quadro negro
Não há alegria na pintura atual da minha vida
Deposito as sensações de vazio – e todas as suas consequências
Aos pés do pó de onde fui tirado – terra fria
No chão da minha história – que começou bem
Escondendo quem sou – diante de máscaras que serviam
Fugindo de compreender a verdade – para não me encarar
Tenho medo de quem fui – fujo dessas cenas bizarras
Tenho receio do que sou – pois sempre sou abandonado
Não tenho certeza do que vou ser – esmaecimento de personalidade
Só sei que a insanidade que habita em mim
Precisa ser esclarecida – para não me perder
Em meio a tanta confusão que existe
Não sei onde escapou o senso racional que me sustentava
Pois tudo o que vejo e percebo – não passa mais da margem...