sexta-feira, 10 de julho de 2015

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Tento apagar a memória do celular - informações inúteis
De forma semelhante como quero apagar a minha
Cair em si - no pleonasmo da forma gramatical
É ao mesmo tempo um absurdo e uma necessidade
Não posso aceitar a realidade que me cerca
Não acredito no que meus olhos veem
Não me conformo com as histórias que presencio
Diante de meus olhos - vidas reais
Tornadas falsas pela forma que se vive
Até que ponto vamos ter que chegar para entender os motivos?
Onde mais vamos procurar respostas para as dores
Que não foram assimiladas e transformaram-se
Nas assombrações mais medonhas que nos acompanham?
Ouço músicas sortidas e variadas para não pensar
Pois vertigens da sociedade me põem medo
Escrevo sem muito cuidado pois só vejo o vazio
Em toda parte e em todos os lados
Não há mais sentido para nada - não entendo mais
Quem me dera poder assimilar
Metade das ideias e pensamentos estranhos que trago comigo
Tampouco encontro soluções e respostas
Para a minha própria vida - sem razão caminho
Como posso ajudar e indicar um caminho
Para quem está perdido ao meu redor?
Nostalgia são flashes reais da memória
Que foram bons no passado - mas não fazem mais parte
Do presente eterno que não passa
Do futuro distante que nunca chega
Do tempo errôneo de incompreensões que vivo
Da vida que gostaria de viver sem tamanha solidão

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