quarta-feira, 5 de agosto de 2015

cIrCO

As coisas sem sentido desse mundo deturpado
Me roubaram o desejo e a vontade - de fazer algo
O desequilíbrio me equilibra numa vida sem graça
As diversões e ilusões estão próximas demais e não se distinguem mais
Entrei de cabeça sem querer nessa jornada sem rumo
E não consigo entender o que move essas paixões desordenadas
Que tantos vivem como se fossem boas
Há um vazio profundo que desnuda as razões
Há um limite desmedido que guia os corações
Há um sentimento estúpido de orgulho oco
Há uma ânsia cega de preencher a alma
Nada disso tem princípio ou fundamento
Me canso muitas vezes das repetições ridículas
Do modo treinado de agir e de viver estipulado
Mas as pessoas individuais não percebem
Que a sociedade de massa as manipula
Não enxergam que são marionetes da moda
Das tendências de estação que mudam como os dias
Não fui feito para ser controlado por essas coisas passageiras
Não concordo com a idiossincrasia pálida dos sistemas
Dessa violência que nos bombardeia a cada dia
Ditando as regras do jogo da vida
Não quero mais ser amador ou profissional
Apenas não vou mais participar desse circo
Vou romper esse cárcere miserável da minha visão
Aderir a ótica pura que dá alicerce a decisão
 De ser o que fui feito para ser
Vou continuar desconformado e ser mais disforme
Dos padrões que impulsionam à babaquice
Nesse simulacro perfeito de compulsividade

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