segunda-feira, 4 de abril de 2022

MOLDURAS QUE NÃO SERVEM MAIS

 

O drama da vida segue aquele que não desiste
De ser o que a vida impele a ser - sem incongruências
Pela pena do passado de ocasiões permanentes e transitórias
Sem mérito pelo simples fato de querer se ocultar
Da responsabilidade de se encarar - cada vez mais
Sem máscaras e sem aparências e imagens
Que foram hermeticamente amontadas com a finalidade
De esconder uma personalidade ferida, magoada
E desdenhada pelos obstáculos para se chegar aos ideais
A complexidade de momentos irrisórios que ferem
O caráter esmagado pelo silêncio interno e ocultado
Da visão dos próximos - já que os mesmos não entendem
Que o drama da vida é mais próximo dos que lutam 
Para poder escolher por mil vezes - e desdenhar
Por muitas dessas o demagógico sentimento para errar
Os alvos almejados e os sonhos não realizados
Errar por não deixar a humanidade morrer
E mesmo que a viva chama da alma acesa nos momentos
Escuros das perplexidades do passado que ruge
Depois de tanto tempo agindo como se não existisse
Fazem com que o brilho do olhar, o ardor de um desejo apagado
E o emaranhado de emoções dormentes - de um distante passado
Que foi terapeuticamente enlutado sem morrer
Fizesse alguma diferença no presente do pretérito - perfeito
Não há como apagar uma história torta sem endireitar
Por muito tempo as áreas dormentes do inconsciente
E enraizar virtudes de um temperamento amoldável em si
Mas que com a perspicácia da sabedoria milenar
Se permite moldar - a saber
Conhecendo o quarto frio e enrugado da verdade
Se desmistificam as mentiras e desequilíbrios do interior
Cheio de trapaças e molduras que não servem mais...

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