Me pergunto porque - deixo de ser quem eu sou
Para agradar a quem não me ama - ou me odeia
Porque prefiro esquecer da realidade palpável
Para me iludir numa ideia - não concreta
Cheia de mentiras e falsas promessas de felicidade
Que mesmo com muitos anos de experiência
Ainda não me convenceu da intolerância
E infantilidade das minhas escolhas imbecis
Não entendo porque não aprendi com os erros
E os pecados que me fazem sofrer e chorar
Que me fazem no vazio me afundar
Para tentar encontrar a alegria - que percebi
Que não pode ser verdadeira longe de Deus
Porque prefiro obedecer meus instintos mais animais
E perder o equilíbrio - que com tanto sacrifício
Tanto esforço e tanta luta - tinha alcançado
Porque me esqueço das verdades que me são
Mais caras e profundas - satisfação
Prazer certeiro que me priva da perdição
Luz que guia, dá força e direção
Força que transforma e fortalece a razão
Mas esquecida e apagada - não produz efeitos
Deixada de lado - nas gavetas da minha memória
Como se não existisse ou não tivesse importância
Como posso viver comigo mesmo sem me odiar
Se tudo o que faço - em todo tempo
É ser um imbecil que não pensa - e vive a errar?
O tamanho e a proporção dos meus erros
E a consequência das minhas imbecilidades
É tão imensa que não posso mais enxergar
Nem sequer uma virtude - ou heroísmo
Uma coisa boa que compense tanto malefício
Tenho espalhado desgraças, coisas ruins
Pensamentos e sentimentos - minhas tralhas
De forma tão latente e profunda
Que quase me é possível entender porque sou tão rejeitado
Então compreender que na verdade estou cercado
Pela minha história e pela minha vida
Em todo lado só aparência
Mentiras encobertas de perdão
Amor encoberto de ilusão
Hipocrisia encoberta de salvação
Uma vida de medos encarcerada em meu coração!
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