Vai-te embora maldita carência de minha alma
Vai-te embora carência que me aflige e me angustia
Vai-te embora para não mais voltar
Vai de volta para o abismo de onde vieste
Vai-te para longe e não me perturbes mais
És tu que me fazes parecer um idiota – maníaco solitário
És tu que me fazes repetir palavras em desvario
És tu que me fazes ser agressor – quando apenas quero carinho
És tu que me fazes retroceder na conduta de via contínua
És tu que me fazes temer ser mais um na multidão aviltado
Vilipendiado pelos rastros que deixei – de caminhos errados
Extemporâneo por marcas profundas de uma vida precoce
Até agora só me causastes problemas e queres continuar causando
Eu quebro o julgo que exerces sobre mim – e me refugio em Deus
Eu repreendo seus efeitos manipuladores em minha vida
Lanço fora do meu ser seu veneno mortífero de almas
De corações que se empedram por sua morfina intravenosa
Confio-me ao amor e a graça do Senhor que me liberta de ti
Encho-me da unção do Espírito que me renova
Ponho-me no coração de Cristo – fonte do amor que flui
Que ao fluir em meu interior desamarra suas prisões em mim
Faz-me ser livre para viver sem sua consequência inconsequente
Abro-me ao bem querer do Deus que me ama
Renovo em minha alma o anseio pelo amor puro
Permito ser inflamado em meu espírito o zelo de saciedade
Que meu Deus me dá agora!
Agradeço a Jesus pela libertação de toda carência
Pois que, como nova criatura, posso viver sem essa pressão
Que leva tantos à vida sem sentido
Santificado pelo amor de Deus posso ser eu mesmo
À semelhança daquele que me fez
Capacitado para amar e doar um amor inocente
Nada mais há de aterrorizar meus dias
Suprido por esse amor continuarei vivendo com o Senhor.
Amém!