Nuvens brancas e acinzentadas - carregadas de água evaporada
Encobrem e escondem o céu azul da minha vida
Noite estranho que me faz companhia - nesse dia nublado
Envolvente e escombrosa - muda o curso natural em poucos instantes
A luz natural atenuada do meu cotidiano
Faz com que me sinta com menos energia, ânimo e coragem
Esses perigosos momentos de escuridão - preciso aprender a vivê-los
Sem me esquecer que o brilho do sol - que tanto experimento
E que me dá forças - renova a alegria e a esperança
Está repentinamente ausente - sendo preparado
Para aparecer irradiante com todo fulgor - mais uma vez
Não posso deixar-me levar pela impressão, pela emoção
Pelo mundo sensível das minhas paixões desordenadas
Mas preciso ter auto-domínio - quando não me reconheço
E tendo atitudes, palavras e pensamentos tenebrosos
Ardilmente tomam conta do meu interior - vulnerável estou
E planejo o mal no seio do meu coração
Por que muitas vezes esqueço que o passageiro não é perene?
Qual o motivo intermitente da consciência em plenitude?
Quem experimenta o céu não se contenta com a terra
Quem abraça coisas grandes não quer saber das pequenas
Quem goza da alegria real e verdadeira - felicidade que não passa
Não quer saber de instantes reclusos de risos forçados
Pois só pode sorrir quem tem fé além dos sentidos
Que compreendeu que tudo que tem valor - que vale a pena
Está constantemente escondido - guardado e protegido
Não é banido nem débil por natureza - apenas preservado
No solstício da estação escura - da solidão aparente
Quero saber esperar o melhor que vem - e confiar no amor de Deus